Professor Leandro Vieira

É possível viver da coleta e venda de materiais reciclados? Quanto seria preciso produzir diariamente para obter renda suficiente para substituir o trabalho formal? Como vimos na primeira parte deste artigo sobre economia circular, que pode ser lido clicando aqui, há possibilidades de se otimizar o uso de um bem, ou repará-lo, para que ele possa servir por mais tempo, evitando assim a compra de um novo. Este valor poderia ser nulo, caso o produto fosse reaproveitado após um descarte em bom estado, ou reparado, tendo um custo para tal. O que seria um grande alívio para indivíduos ou famílias que precisam de itens como utensílios para o lar, roupas e eletrônicos, por exemplo. Indo além, pensamos agora num cenário onde o indivíduo tentasse viver como uma peça importante na "máquina" da economia circular, um agente que resgata tais bens para adquirir renda. Temos algumas realidades para projetarmos as possibilidades, como pode ser visto abaixo: - 20 garrafas PET 2l - 1kg - R$ 2,0

Economia circular é um conceito surgido a partir da ineficácia da economia linear, ou seja, o modelo tradicional de produção. É comum que o produto tenha seu ciclo de vida, que consiste na extração de matéria-prima da natureza, fabricação, distribuição, uso e descarte. O caminho tradicional é linear, com um início e fim bem definido. Transformar uma reta que termina em lixo em um círculo que envolve o máximo de reaproveito de bens apresenta vários benefícios e possibilidade de ganhos e sustento para muitas pessoas e empresas. Sendo assim a economia circular fomenta o retorno de uso em vários níveis distintos. Abaixo segue um esquema: Há diversas formas de fazer com que este benefício chegue até a melhoria da trabalho e renda de cidadãos. Começamos pelo perfil de pessoas que possuem uma renda insuficiente para possuir todos bens de consumo para uma qualidade de vida que atenda a maioria dos anseios. O Reuso  é estender o ciclo de vida de um produto o adquirindo de seu proprietário anter

Fomentando mostrar o desempenho recente das cooperativas no Brasil, que são 5.314 e 15.539.376 de cooperados, a publicação "Anuário do Cooperativismo" de 2020 trouxe aspectos bem interessantes sobre o setor. O anuário mostra que em 2020 427.576 empregos diretos foram gerados. A distribuição por sexo varia conforme a natureza da cooperativa. Na visão geral são 65% de homens, 35% de mulheres. Existem serviços de diferentes  naturezas dentro de cooperativas! Já os cooperados são mais de 15 milhões, e destes 38% são mulheres e 62% são homens, como vemos abaixo a divisão por setor:   Abaixo podemos notar que a tabela demonstra o número de cooperativas por área de atuação, número de cooperados e empregados. Em 2020, Minas Gerais possuía 754 cooperativas e 1.927.411 de cooperados, sendo o quinto estado no ranking nacional. Como podemos ver, as possibilidades do serviço cooperado são grandes, principalmente no nosso Estado de Minas Gerais. Está pensando na possibilidade de procurar a

Segundo o dicionário "operar" é fazer algo acontecer, realizar. O prefixo "co" indica haver outro autor da ação no verbo, e é assim que temos a "cooperação", quando temos mais atores em prol de objetivos comuns.  O cooperativismo é um movimento onde associados se reúnem no fomento de realizar atividades que visam interesses maiores que o lucro do trabalho. A transformação da sociedade que participa ativamente ou demais afetados, como um bairro, cidade, estado, região ou um país. O sistema hierárquico de um empreendimento comum é bem mais claro, há funcionários de setores, cada um responde a um chefe e este líder responde a um líder acima dele. No sistema cooperativo, os trabalhadores cooperados possuem participação na decisão dos rumos das coisas, realizadas assembleias, votações, etc.  Negócios comuns são geralmente vistos como uma pirâmide, sendo os empregados na base e os líderes na ponta, as cooperativas são o mais horizontal possível, fazendo com que

Na física, de maneira simplista, o trabalho pode ser definido como o movimento de um corpo que recebeu a aplicação de uma força. Já no nosso dia a dia o trabalho seria ligado a força empregada por pessoas ou maquinas, por nós manipuladas, para a geração de uma produção, seja ela para resultar em insumos e serviços de valor, ou não necessariamente em algo tangível. Adam Smith, em sua obra "A riqueza das nações", trouxe a tese de que o trabalho é o básico para se produzir riqueza. Ou seja, antes de haver diferentes categorias de valor, deve-se ter o trabalho para atribuição destes bens, tornando a troca entre as pessoas uma realidade, sustentando sua teoria econômica em que os interesses resultantes desta dinâmica faria que o mundo validasse ou não o comportamento de pessoas e entidades nestas transações. Existem satisfações não ligadas ao ganho de capitais como a recompensa em dinheiro. O voluntariado, por exemplo, fomenta o benefício do próximo, sem necessariamente poder ser

Este não será um texto que tratará das obviedades sobre o machismo enraizado na nossa sociedade. Proponho discutirmos o assunto em campos palpáveis sobre outros fatores que fazem com que mulheres possam chegar a competir em condições desiguais dentro do certame da empregabilidade e dos salários. Primeiro, é preciso salientar que no nosso país mais de ⅓ dos trabalhadores vive apenas com um salário mínimo mensal, o que significa que a questão da remuneração ser menor, maior ou igual não é uma realidade de uma em cada três pessoas inseridas no mercado de trabalho. Lembre-se que nenhum trabalhador formal pode receber menos de R$1212,00. Então ainda cavando um “buraco mais profundo”, se contarmos todas as pessoas que trabalham em algo, formal ou não, no nosso país, metade vive com menos de um salário. Afinal, a pauta de salários mais altos para homens, é um assunto para poucos? Outras causas que fazem as mulheres ganharem menos que os homens 1 - Mulheres tendem a não pedirem aumento de salá