Indo além do machismo: O salário da mulher no mercado de trabalho
Este não será um texto que tratará das obviedades sobre o machismo enraizado na nossa sociedade. Proponho discutirmos o assunto em campos palpáveis sobre outros fatores que fazem com que mulheres possam chegar a competir em condições desiguais dentro do certame da empregabilidade e dos salários.
Primeiro, é preciso salientar que no nosso país mais de ⅓ dos trabalhadores vive apenas com um salário mínimo mensal, o que significa que a questão da remuneração ser menor, maior ou igual não é uma realidade de uma em cada três pessoas inseridas no mercado de trabalho. Lembre-se que nenhum trabalhador formal pode receber menos de R$1212,00.
Então ainda cavando um “buraco mais profundo”, se contarmos todas as pessoas que trabalham em algo, formal ou não, no nosso país, metade vive com menos de um salário. Afinal, a pauta de salários mais altos para homens, é um assunto para poucos?
Outras causas que fazem as mulheres ganharem menos que os homens
1 - Mulheres tendem a não pedirem aumento de salário, e quando fazem é de maneira discreta, abaixo do que acham que deveriam receber.
2 - Elas tendem a serem mais perfeccionistas e se arriscam menos em procurar oportunidades que não tem certeza se conseguirão bom aproveitamento. (síndrome do impostor, que acomete mais mulheres que homens).
3 - Homens se interessam mais por tecnologia e engenharia, facilitando que haja assim mais este sexo negociando salários e condições no mercado. Elas tendem a abandonar cursos nesta área com mais frequência, desperdiçando possíveis talentos. São áreas de altos salários.
4 - Os serviços gerais podem ter tarefas diferentes, visto que há leis que não permitem que mulheres, da mesma forma que homens, carreguem peso, por exemplo. É uma coisa que elas podem fazer de maneira bastante reduzida, apenas 20kg constantes ou 25kg em um único objeto. Então o empregador pode considerar remunerar melhor aquele indivíduo que executa mais tarefas dentro da mesma função.
Enfim, nem de longe o objetivo desta disciplina é transformar a sociedade de maneira compulsória, pois entender e agir no mundo do trabalho é justamente fazer com que vocês estudantes possam compreender qual melhora pode sair de suas próprias ações. Então cabe às mulheres reduzirem os impactos do sistema, fomentando a coragem de crescer e empreender a própria carreira.
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