Uma provocativa breve visão sobre a renda e emprego no mercado de trabalho
Adam Smith, em sua obra "A riqueza das nações", trouxe a tese de que o trabalho é o básico para se produzir riqueza. Ou seja, antes de haver diferentes categorias de valor, deve-se ter o trabalho para atribuição destes bens, tornando a troca entre as pessoas uma realidade, sustentando sua teoria econômica em que os interesses resultantes desta dinâmica faria que o mundo validasse ou não o comportamento de pessoas e entidades nestas transações.
Existem satisfações não ligadas ao ganho de capitais como a recompensa em dinheiro. O voluntariado, por exemplo, fomenta o benefício do próximo, sem necessariamente poder ser revertido para a pessoa que o realiza. Já o emprego funciona diferente.
O emprego é, no que lhe concerne, a troca direta de trabalho por dinheiro e vice-versa. O comprador do trabalho pode ser um cliente ou um empregador. No caso de um empregado, ele é pago com capital vindo de parte do seu trabalho, enquanto uma fração fica retida nas mãos do contratante.
Já se a ação de trabalhar foi destinada à geração de um produto, ou serviço destinado a um cliente, este trabalho resultará em um retorno teoricamente maior para o realizador da força do trabalho, neste caso seria um empreendedor.O ato de empreender envolve riscos maiores, porém pode ocasionar em mais ganhos. Em algum ou menor tamanho, um empregador é um empreendedor, e assume riscos maiores que seus colaboradores, estes que realizam de fato as ações de trabalho, mas que em tese têm mais facilidade em trocar de atividade ou empresa, já que ele assumiu um risco e responsabilidade menores.
A renda, pode ser tanto oriunda do que se ganhou a fazer um trabalho para um empreendedor, cliente ou até mesmo o retorno de um investimento como empréstimos ou compra de ações na bolsa, por exemplo.
Segundo o DIEESE, o salário mínimo no Brasil deveria ser de R$ 6.394,76, enquanto mais de 90% da população ganha menos de R$ 3.500,00 mensais, o que torna tanto empreender, quanto trabalhar em um emprego, uma tarefa bastante complicada.
Pensando que cerca de 14 brasileiros em cada 100 potenciais trabalhadores estão parados ou na informalidade, como fazer a diferença em um mercado de trabalho tão escasso e competitivo como o nosso visando rompermos a pobreza e a falta de oportunidades que nos assola?
Comentários
Postar um comentário